Junior Lisboa - SENAC -MA

Além do arroz de cuxá, da peixada, da caldeirada, do caranguejo, da juçara, do camarão e dos licores Maranhenses, é indispensável saborear o afrodisíaco sururu. Da família do mexilhão e da mesma classe da ostra, esse molusco de alto valor nutritivo pode ser apreciado no leite de coco, como ingrediente de torta, de arroz ou consumido como caldo.

A presença do sururu nas mesas maranhenses é fruto do trabalho extrativista e artesanal de pescadores do litoral do estado. Entretanto, a pesquisadora do IFMA Campus Maracanã, Izabel Funo, vem desenvolvendo, desde 2013, projetos experimentais de cultivo do sururu (mitilicultura), nos municípios de Raposa e Bequimão, no Maranhão.

Segundo a pesquisadora, o cultivo do sururu é uma atividade que detém grandes vantagens. “Requer baixo nível de investimento, pode ser desenvolvido em regime cooperativo e viabilizar a melhoria da renda e segurança alimentar de comunidades do litoral”, afirmou. O cultivo pode, também, contribuir para o desenvolvimento sustentável, com a preservação dos bancos naturais de mariscos nativos, complementa.

No município de Bequimão, o trabalho vem gerando informações sobre a coleta de semente de sururu em ambiente natural, enquanto em Raposa, os estudos focam o crescimento do molusco quando submetido ao cultivo. O objetivo precípuo das pesquisas sobre o sururu é desenvolver a mitilicultura no Brasil, possibilitando a reprodução da espécie em laboratório, maior conhecimento sobre as patologias que atingem esses moluscos, bem como o levantamento de novas tecnologias de cultivo que possam maximizar o crescimento e a sobrevivência da espécie.

Os principais registros realizados anteriormente sobre o cultivo de sururu, no Brasil, remontam a 2002. E conforme salientou Funo, os trabalhos realizados na Costa Rica nas décadas de 80 e 90 não obtiveram dados produtivos tão promissores como os do Brasil.

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